segunda-feira, 20 de junho de 2011

CANDIDATO À PREFEITO DE BARAÚNA FALA EM ENTREVISTA

Izoares Martins tem participado ativamente das ações realizadas em Baraúna

O jornal Gazeta do Oeste publicou no domingo passado uma entrevista com o auditor fiscal da Receita Federal e engenheiro civil Izoares Martins, que já foi secretário municipal de Baraúna e apresenta-se como pré-candidato à Prefeitura Municipal de Baraúna.
Amigo pessoal de Aldivon Nascimento, atual prefeito de Baraúna, de quem inclusive já foi auxiliar – secretário de finanças – no princípio da administração, Isoares diz que a atual administração reconstruiu grande parte da cidade, mas ainda há muito trabalho pela frente para continuar levando dignidade e autoestima ao povo baraunense.
Confira: a reprodução, na íntegra, da entrevista concedida aos jornalistas Gilberto de Souza e Luís Juetê, diretor de redação e editor-chefe, respectivamente, da Gazeta.

GAZETA DO OESTE – Isoares, você além de auditor fiscal e engenheiro também acabou se envolvendo na política de Baraúna. Como foi que tudo isso começou? 
IZOARES MARTINS – Nós fomos pra Baraúna adquirir uma propriedade lá em meados de 94/95 e passamos ao lado empresarial com fruticultura irrigada, e vocês sabem que eu tenho uma parceria com o atual prefeito de Baraúna, Aldivon Nascimento e, posteriormente, ele se envolveu com a política e me chamou pra dar uma contribuição a administração dele e estamos aí. Tenho contribuído no que posso, dando opiniões e tentando fazer o melhor pelo município, pelas pessoas.     

GO – Como estava Baraúna e como está hoje?
IM – Esta é uma pergunta importante porque eu não gosto muito de olhar pelo retrovisor, principalmente quando se fala de política. O político que olha para o retrovisor, ele se esquece de olhar pra frente. E Baraúna, todos nós já conhecíamos, você conhece, viveu a história de lá nos últimos 30 anos.
Muitos desmandos administrativos, muitos problemas na imprensa, justiça, tudo aí. Todas as pessoas que militam na política ou na imprensa, viram como foi que as coisas aconteceram. Eu acho que existem duas Baraúna pra mim. Uma antes de Aldivon Nascimento e a outra depois. Isso não é dito por mim, mas pelo cidadão comum.
Tem pessoas, pra vocês terem ideia, que é cidadão comum de determinadas ruas, onde eram verdadeiras lagoas, lixo, “a lama no meio da canela”, como diz o matuto. Na época do inverno a gente não podia sair. E hoje você vê as ruas calçadas, e isso nos dá dignidade.
Você vê o que foi feito na educação com recuperação de escolas, aumento salarial de professores e com qualidade do aluno, dos professores. E isso é um processo, não dá pra resolver da noite pro dia. O município tem 30 anos e faz quatro que Aldivon assumiu a prefeitura. Eu acho que a gente tem feito muito e muito mais tem pra se fazer.      

GO – Você chamou a atenção pra uma questão interessante. A gestão Aldivon Nascimento, que já está na segunda, tem sido alvo de muito elogio em função do trabalho que vem sendo realizado. Colocar as coisas nos trilhos deu muito trabalho? 
IM – Deu. Mas é aquela história, foi um desafio que ele topou e eu acho que quando você topa servir ao povo é dessa forma mesmo, você tem que passar por desafios e ir em frente. Houve muitas dificuldades inicialmente porque a gente pegou o município destroçado, inclusive com inadimplência, INSS, essa coisa toda.
Não se podia fazer um convênio com ninguém por conta da questão burocrática. Hoje a prefeitura está com suas finanças em dia, com salários, INSS, conta de Cosern, Caern, tudo em dia. Então eu acho que foi muito trabalhoso, mas importante. Eu agradeço a oportunidade que o prefeito me deu, de poder fazer parte dessa equipe e estou lá pra somar.  

GO – Merece até ser exemplo de outros municípios. Em termos práticos, passo a passo, como foi botar ordem na casa?
IM – Você veja o seguinte. É muito problemático você chegar e mudar a questão cultural ...

GO – ...os problemas de poucas soluções ...
IM – ...exatamente. Mas você mudar uma cultura é muito difícil. Tinham muitas coisas amarradas, muito complexo. Mesmo porque Aldivon assumiu a prefeitura num processo que foi a Justiça que mandou ele assumir. Depois de dois anos da outra administração, ele ganhou na Justiça o processo de compra de votos e uma série de coisas lá que aconteceu na outra eleição.
Mas Aldivon é uma pessoa muito pacata, faz as coisas passo a passo sem criar conflitos, e eu acho que é o certo. Mas foi trabalhoso, duro e árduo. Tem sido. Porque muitos serviços que a prefeitura não oferecia, passou a oferecer e quando você passa a oferecer um serviço, a demanda aumenta muito.
Então, por exemplo, vamos falar aqui da distribuição de remédios: a gente não tinha. A prefeitura não tinha um local institucional. E o prefeito institucionalizou uma Farmácia Básica, onde hoje o cidadão vai ao posto de saúde e quando sai de lá, vai buscar dignamente o seu remédio sem pedir favor a ninguém.
Ele vai buscar porque é um direito dele. Então nós conseguimos fazer isso e tem gente que acha que é pouco, mas não é. Você imaginar que as vezes a pessoa precisa de um remédio e ter que se humilhar pra pedir.
E lá não existe isso, cada um vai buscar. Implantamos a questão do médico 24 horas no hospital, de plantão e uma série de outras coisas. Muitas coisas nós fizemos. Pra vocês terem uma ideia, nós pegamos um município que tinha em torno de 15% de pavimento. Hoje está em torno de 65% pavimentado, de calçamento.      


Aldivon e Izoares durante visita em obras de recuperação das estradas vicinais

 GO – E a meta é chegar aos 100%?
IM – A meta é chegar aos 100%. Só que eu não acredito, pelo tempo que falta pra acabar o governo de Aldivon, que dê tempo de concluir isso aí. Mas construímos quatro postos de saúde, ampliamos outros, construímos escolas. Pra vocês terem uma ideia, nós já construímos mais salas de aula no município do que o que havia quando nós chegamos lá.
E hoje o desenvolvimento que se está vendo é que há muitas pessoas chegando pra morar, com empregos, essa fábrica que está chegando aí. Então é a demanda que começa a aumentar, por sala de aula, consequentemente, por professores e aí é uma cadeia. Vocês sabem que o desenvolvimento é dessa forma.    

GO – Você considera que foi difícil, aliás, que a população conseguiu assimilar essa questão de vocês quebrarem a cultura do assistencialismo pra poder implantar coisas maiores, um outro modelo de gestão?     
IM – A gente foi fazendo essa coisa gradativamente. Não chegamos lá criando um conflito, de cortar. Não. A gente foi educando as pessoas, mesmo porque Baraúna eu costumo dizer que é uma cidade rica e o povo é pobre. Pra você ter uma ideia, essa fábrica chegou agora e trouxe muita gente de fora porque não tem pessoas qualificadas pra assumir os empregos.
E nós tivemos um grande trabalho nessa área de qualificação de pessoal e continuamos fazendo. A educação tem sido uma prioridade do prefeito e eu acho que ninguém vai a lugar nenhum sem ela. Ele tem investido maciçamente na educação, como na saúde. E todo dia é um desafio, administrar a coisa pública, mas a gente tem que estar pronto pra resolver os problemas.    

GO – Isoares, falamos de Baraúna, você está muito envolvido e entusiasmado com o trabalho que vem desenvolvendo junto com Aldivon Nascimento. Mas e aí, como está sendo? O seu nome está sendo ventilado como um possível candidato a prefeito no futuro?   
IM – Há poucos dias, lancei uma pré-candidatura a prefeito. Acho que a gente tem que ter a coragem de enfrentar os desafios e eu coloquei o meu nome pra que as pessoas fizessem essa análise e estamos vendo aí. Hoje é uma pré-candidatura.  

GO – Já é possível dimensionar o embate desse lançamento oficial de sua candidatura? 
IM – Eu tenho escutado os amigos, muitas lideranças, e acho que tenho sido bem aceito. Nunca fui candidato a nada, estou ouvindo as pessoas, é muito importante a gente conversar muito, até mesmo porque o objetivo é acertar, fazer as coisas com o pé no chão. 

Izoares conta com o apoio de Aldivon e do senador Garibaldi para se  candidatar

GO – E o partido, como é que está o seu namoro com o PMDB?
IM – Eu sou filiado ao PMDB lá de Baraúna há quatro anos. Na campanha passada para governo eu apoiei o deputado Walter Alves e o senador ministro Garibaldi Alves, com quem eu tenho compromisso e eles têm compromisso comigo de me dar a presidência do partido lá.
O partido foi vencido e está pra ser feita uma nova comissão provisória. E eu espero que, como eles têm sido muito corretos comigo, vão cumprir o compromisso, que é o de a gente dirigir o PMDB no município de Baraúna.

Em visita à Baraúna, Walter Alves e Garibaldi Alves declaram apoio a Izoares

GO – A cidade tem assimilado essa colocação do seu nome, você tem visitado amigos ...
IM – ... tem. Eu tenho visitado amigos, família. Hoje eu tenho um círculo de amizade muito bom no município de Baraúna. Hoje, digamos assim, eu me considero mais de Baraúna do que de Mossoró. Eu ando de casa em casa e não tenho dificuldade com isso, mesmo porque pelas minhas origens, de onde eu vim. Eu me sinto em casa estando em Baraúna.

GO – Além do que Aldivon já fez, ou o que ainda vai fazer, o que você acha que são os problemas cruciais de Baraúna? 
IM – Acho que Baraúna entra em uma nova fase, como eu falei anteriormente, de industrialização. Então o jovem hoje está precisando de qualificação pra ser inserido nesse mercado que está aí.
Vocês veem o seguinte: essa indústria nova que está se instalando em Baraúna, a Mizu, vai gerar em torno de 300 a 350 empregos diretos. E se você analisar, estourando aí, 10% é de Baraúna. Então o que é que falta? Qualificação. A gente tem que se preocupar muito com a questão da qualificação pra poder inserir esses jovens no mercado de trabalho.    

Com apoios importante, nome de Izoares ganha força no cenário local

GO – Qual seria a ideia do engenheiro Isoares Martins?
IM – Nós já temos uma parceria, nós eu digo administração e eu tenho feito parte, apesar de não ter nenhum cargo oficial na prefeitura, mas posso dizer o seguinte: eu sou um amigo do município, da cidade. Não deixo de colaborar. O que posso fazer eu faço. Nós temos uma parceria com o Senai, Senac e já qualificamos muitos jovens inclusive.
Pra vocês terem uma ideia, tiveram jovens de Baraúna se qualificado nessa parceria da prefeitura com o Senai e já ganharam títulos, prêmios na Alemanha.
Então hoje tem gente de Baraúna que foi qualificado no projeto e trabalha na Mizu, mas tem gente fora trabalhando em outros grupos como a Votorantim, na Vale do Rio Doce, ou seja, tem gente de Baraúna qualificada nesses programas, vivendo sua vida com dignidade, e eu acho isso muito importante.
GO – Quanto a parcerias com o Governo do Estado. Com é que está a relação prefeitura e Poder Executivo estadual? 

Izoares, Antero, da Mizu, e Aldivon durante lançamento do projeto
que vai criar uma vila para os moradores do Quilombola em Baraúna

IM – Nós já tivemos algumas parcerias com o Governo do Estado no passado. Agora, nesse novo governo, que está arrumando a casa, nós já tivemos no Sine, onde através do deputado Walter Alves fomos apresentados ao pessoal de lá, já fizemos um primeiro contato e estamos esperando aí essas arrumações inicialmente pra gente poder dar continuidade a isso aí.    

GO – E qual é a avaliação que você faz do governo de Rosalba Ciarlini?
IM – Eu acho que está com pouco tempo o governo, está arrumando a casa e o cidadão pode esperar que Rosalba vai fazer um grande governo. Rosalba fez isso em Mossoró, a gente lembra bem da segunda administração dela, pegou a cidade numa situação bem delicada e depois transformou Mossoró.
Hoje a gente está vendo, Mossoró está aí, foi graças aos três governos de Rosalba. Eu não poderia deixar de dizer aqui que a prefeita não tem feito uma grande administração. Eu acho que tem. Agora, suceder Rosalba é muito difícil.
E no Governo do Estado não vai ser diferente. Eu acredito que dentro em breve ela deve estar lançando um pacote de obras e resolvendo os problemas. Essas greves são momentos iniciais e que acontecem em qualquer governo, mas isso vai passar.

GO – O senhor concorda que esse movimento grevista que atinge vários setores da administração pública poderia ter sido evitado?
IM – Veja bem. Eu sou funcionário público também. Entendo as lutas de todas as categorias, acho que é dessa forma, estamos numa democracia, elegemos nossos representantes. Acho que as categorias hoje, de acordo com a lei, estão organizadas em sindicatos e é pra lutar mesmo.
Cada categoria tem que lutar pelos seus direitos. É dessa forma mesmo. Acho que tem de haver diálogo do Governo com as categorias e, afinal de contas, quem está pagando a conta com essas greves é a população.
Os alunos estão sem aula porque os professores estão aí, é a insegurança porque a polícia está em greve, mas eu acho que esses movimentos todos vão passar e Rosalba tem tudo pra fazer um bom governo. Ela foi respaldada nas urnas, logo ganhou no primeiro turno e vai fazer um grande governo. Vamos aguardar.

GO – Isoares, qual a sua origem? Você é mossoroense mesmo? Detalhe-nos a sua trajetória
IM – Eu sou de Mossoró, nasci aqui na Ilha de Santa Luzia, e eu quero aproveitar aqui pra mandar um abraço pra todas as pessoas da Ilha de Santa Luzia, e em especial pra meus padrinhos que moram lá e devem estar nos assistindo, lendo ou ouvindo.
É Corina e Nezinho, pessoa que eu tenho muito apreço e muita admiração. Nasci na Ilha de Santa Luzia, fui menino da rua ali, brincando, botei água de roladeira, bati tijolo, carreguei caminhão de lenha, a vida não foi fácil.
Agora de uma coisa eu me orgulho. Eu tive uma educação dada pelos meus pais de qualidade. A grande herança. Com muita decência, eram pessoas humildes, muito simples e muito dignas. Eu me orgulho muito de ter sido filho de quem eu fui, porque eles deixaram um legado muito grande pra minha vida.  

GO – Foi na UFRN que você se formou. Antes de chegar lá ...
IM – ... eu trabalhei no comércio. Com 13 anos de idade, eu costumo dizer as pessoas mais próximas que eu tive a felicidade de ter três pais. Primeiro é o papai do céu, que todos nós temos, depois meu pai biológico, que deu encaminhamento à minha vida e tive uma outra pessoa que, quando tenho oportunidade, eu sempre falo porque me deu oportunidade de trabalhar.
Foi Deca Fernandes, uma pessoa que eu, por dever de justiça, não deveria deixar de citar aqui. Foi com quem eu aprendi a trabalhar, a ter dignidade e fazer as coisas decentes e direitas. Porque ele era uma pessoa direita, e quem conhecia Deca Fernandes em Mossoró sabe como ele era. E eu tive a oportunidade e a honra de trabalhar com ele durante dez anos.
Foram cinco anos aqui em Mossoró, na Fimac, e depois eu fui fazer faculdade e ele me deu oportunidade de continuar trabalhando com ele, por mais cinco anos. Terminei praticamente a faculdade lá. É uma pessoa que eu tenho muito a agradecer.     

Izoares falou sobre a entrega de 60 casas, há alguns meses, e garantiu que, se
for eleito, vai dar continuidade ao trabalho feito pelo amigo, Aldivon

GO – E sua experiência na Universidade Federal do Rio Grande do Norte?
IM – É uma experiência boa. O curso de Engenharia, na realidade, eu costumo separar o que é formado em engenharia e o que é engenheiro. E eu vou dizer pra vocês em outras palavras; o engenheiro é aquele sujeito que está sempre pra fazer tudo.
Se você botar ele pra cuidar de uma padaria dá certo; se botar pra plantar melão dá certo; pra ser vendedor dá certo. Tudo é muito calculado. E tudo é conta. E vocês vejam o seguinte, eu tive a oportunidade de fazer, eu acho que fiz um bom curso, não fui um aluno exemplar, brilhante na universidade, mas mediano. Procurei sempre assistir as aulas, com muita atenção e é por aí. Tive grandes professores ...       

GO – O senhor acha que já é hora da própria Ufersa e a Uern já terem um curso de Engenharia Civil em Mossoró? 
IM – Veja bem, hoje nós já temos um curso de Engenharia Civil na UnP, acho que na Ufersa já está implantando, dentro do de tecnologia, que direciona em várias áreas, inclusive pra Engenharia Civil, e acho que Mossoró está muito bem servida de universidade e esses cursos, com certeza. Hoje, com a qualificação de professores, eu acho que Mossoró está muito organizada.   

GO – Isoares, como é que você vê essa evolução do setor imobiliário em Mossoró?
IM – Na realidade, nós tivemos a oportunidade de iniciar a verticalização da cidade, eu também tenho um orgulho muito grande de ter sido o engenheiro que construiu o Teatro de Mossoró, que vai ficar aí por séculos e séculos, uma obra importante e eu acho que qualquer engenheiro se orgulharia de ter feito uma obra desse porte.
E a questão da verticalização, nós praticamente iniciamos, Mossoró é uma realidade. Mas eu acho que o grande feito hoje é esse polo acadêmico que tem se formado em Mossoró com as universidades. Porque esse pessoal que está aqui, se não tivesse vindo a UnP, a Ufersa não tivesse aberto como foi, eles estavam todos indo pra Natal, pra Fortaleza.
Então, quando Mossoró deu esse ‘boom’ essas pessoas vieram morar aqui. Aí, claro, a Petrobras, que a gente não pode nunca deixar de citar, porque eu acho que é o motor desse negócio. Eu acho que a classe política tem que sempre estar unida aqui, é chegado o momento de se unir agora pra não deixar a Petrobras tirar os investimentos de Mossoró.
É cobrar mais investimentos nessas áreas, porque eu sempre vi a Petrobras como, digamos assim, o motor do desenvolvimento de Mossoró. Com a quantidade de emprego; se você for pra área médica vai ver que a Petrobras é responsável por 30 mil planos de saúde na cidade de Mossoró.     

GO – Do leque de partidos que fazem parte da base de sustentação do prefeito Aldivon Nascimento. PR, o PMDB e quem mais? 
IM – O PR, o PMDB e o PV. Hoje, basicamente, são esses três. 

GO – Isoares, você está se articulando com outros partidos?
IM – Nós estamos abertos a conversar com todo mundo. Eu acho que política é a gente dialogar e procurar o entendimento. E o maior número de partidos que a gente puder juntar, nós vamos juntar. Vamos conversar. Estamos lá pra conversar com todo mundo.

GO – E fora essa questão partidária, o momento lá é de articulação?
IM – É de articulação. De organizar porque nós temos que estar organizados nos partidos um ano antes, a questão de filiação das pessoas que querem se candidatar a vereador. Então tudo isso a gente tem que organizar até setembro agora. Estamos montando o tabuleiro.    

GO – O prefeito Aldivon Nascimento, o que ele acha dessa sua pretensão? 
IM – Aldivon me conhece muito bem. Sabe do meu potencial como profissional. Não vou dizer como político porque não sou político ainda, sou principiante. Mas ele sabe que eu sou uma pessoa decidida, aguerrira. Aquilo que eu me determino a fazer, eu procuro fazer bem. E a política foi uma coisa que eu me determinei e vou fazer da melhor forma possível.    

GO – Dentro da sua análise, você citou no começo a questão da geração de empregos em Baraúna. E a segurança? Como está essa questão? O que precisa ser feito em Baraúna, já que não deixa de ser uma cidade fronteiriça?  
IM – Na realidade, é o seguinte: a segurança em Baraúna tem deixado muito a desejar. É obrigação do Estado. A gente sabe que a polícia ela é comandada pela Secretaria de Segurança. O que vem competindo as prefeituras fazer, o prefeito tem feito.
Por exemplo, parceria pra alimentação de policiais, ajuda pra o combustível, às vezes uma viatura dá um problema e a gente sabe das dificuldades, pois para o Estado é mais distante para se conseguir fazer esses consertos. A prefeitura tem feito isso constantemente, está aberta pra qualquer parceria com o Governo. A realidade é o seguinte, nós queremos a segurança pra o cidadão.   

Izoares Martins é cumprimentado pelo prefeito Aldivon Nascimento

GO – Isoares, a Estrada do Cajueiro é um sonho secular, não só da população de Baraúna, mas do Rio Grande do Norte e da região Oeste como um todo. Como está o andamento e o que a prefeitura e o governo Aldivon Nascimento tem feito no sentido de tornar esse sonho uma realidade?  
IM – Realmente um sonho secular. Aquela região ali, do Vale do Jaguaribe, vem integrar com Mossoró. Eu lembro que era adolescente, com 14 ou 15 anos, e ouvia dos comerciantes de Mossoró, que só falavam na Estrada do Cajueiro. Então, são batidas ao longo de tantos anos e eu acredito que tem uma luz aí.
Existia o problema de ela não ser federalizada, mas através de uma lei do deputado Betinho Rosado ela foi federalizada e agora, posteriormente, feito um projeto tanto da parte do Rio Grande do Norte como do Ceará, questão de jurisdição dos DNITs.
Esses projetos estão prontos e agora é envolver a classe política, a governadora esteve há poucos dias na Expofruit aqui dizendo que ia lutar junto ao Ministério pra conseguir, juntamente com o governador Cid Gomes do Ceará, tirar essa obra do papel. Uma obra extremamente importante, ali é uma nova fronteira.
Pra vocês terem uma ideia, ali hoje tem um grande grupo mineiro, a Ical, que vai instalar naquela região da Veneza, do Jucuri, em torno de 30 quilômetros, uma unidade pra fabricação de cal e um investimento da ordem de R$ 300 milhões. Então a Estrada do Cajueiro, eu acredito que, dentro de três a quatro anos, aquilo é uma obra que deverá estar concluída.          

GO – Mas a fruticultura não está tendo menos atenção?
IM – Não. A fruticultura continua sendo a grande base, com a geração de empregos no campo. A fruticultura emprega muita gente e é extremamente importante ali na região.

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